"Não há número mágico" de juros para regressar ao mercado
Numa teleconferência com os jornalistas a partir de Washington, onde explicou a análise que o fundo faz à oitava e nona avaliações do programa, Subir Lall explicou que a taxa tem de ser considerada sustentável, mas tendo em conta outros fatores como a continuação do acesso ao mercado e o crescimento económico.
"Não há nenhum número mágico de juros na nossa opinião, mas a maneira que vemos do que tem de ser o financiamento nos mercados é: o juro tem de ser considerado sustentável, e tem de ser considerado um acesso sustentável ao mercado durante um período duradouro", disse, em resposta a questões dos jornalistas sobre a fasquia colocada recentemente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
O líder da missão do FMI para Portugal diz que entre o conjunto de fatores para determinar se Portugal tem capacidade para financiar a sua dívida nos mercados está também o que será a dimensão do crescimento económico e do crescimento potencial do Produto Interno Bruto.
Questionado sobre que tipo de apoio pós-programa (depois de junho de 2014, quando o atual terminar) Portugal poderia necessitar, o responsável diz que o caminho de regresso aos mercados é estreito, mas mais largo que há um mês e que é ainda muito prematuro falar sobre o tema.
"É muito prematuro especular sobre o que vai acontecer no próximo ano. Depende do que acontece em termos de financiamento de mercado", disse.
O FMI publicou hoje o relatório com avaliação que faz das últimas duas avaliações, realizadas em conjunto e terminadas em meados de setembro.